Como pensar o fazer crítico em meio às crises sanitárias, econômicas, políticas que nos estilhaçam? Como partilhar o encontro e o pensamento através das múltiplas telas que tanto nos conectam quanto nos enquadram? Se a crítica de cinema pode ser essa conversa interminável entre filmes, realizadoras e realizadores e os públicos, como essa crítica se (re)posiciona nos festivais em casa? Essas são perguntas que propomos como inquietações partilhadas para os encontros (online) do Corpo Crítico durante o FestCurtasBH 2020.
Diante de incertezas e precariedades escancaradas pandemicamente, propomos essa oficina teórica-prática como uma partilha de experimentos críticos sobre filmes. Movendo-nos com as reflexões de Denise Ferreira da Silva e sua Poética Negra Feminista para pensarmos o cinema, os filmes e a crítica cinematográfica como partes implicadas de um mundo implicado. Um mundo em que tudo está permanentemente conectado, e do qual as imagens e o cinema não se desconectam. Assim, os encontros teóricos-práticos do Corpo Crítico deste ano convidam os participantes da oficina ao desenvolvimento de experimentos críticos que se impliquem com e impliquem a programação de filmes do FestCurtasBH 2020.